(Por Fabiana Cortez)
Os redutores de velocidade, instalados
recentemente na BR-364 no início e na saída de Vilhena começaram a funcionar. Quem
passou pelo posto de fiscalização de Vilhena, localizado nas proximidades do
limite entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, ou na saída da cidade,
sentido Porto Velho, teve que reduzir a velocidade para evitar multas. Os
redutores foram ativados na ultima quinta-feira (11).
Os redutores são antigos e foram
remanejados das rotatórias localizadas no perímetro urbano de Vilhena para os
atuais pontos. Também chamadas de pardais, os aparelhos foram anunciados para
Vilhena em 2008, mas somente em 2012 foram implantados, no entanto em pontos
avaliados como desnecessários, por já conterem lombadas convencionais.
Mais de um ano se passou e os
aparelhos permaneceram inativos, até o redirecionamento das lombadas
eletrônicas, que só aconteceu no mês passado (agosto). A decisão dos novos
pontos aconteceu após uma reunião entre o Departamento Nacional de Infraestrutura
e Transportes (DNIT) e a Polícia Rodoviária Federal.
Já avaliados pelo InMetro, agora
os redutores eletrônicos de velocidade já permanecerão na ativa, exigindo a
redução da velocidade dos veículos nesses trechos para 50 km/h. Um dos fatores
que levou à definição dos locais foi a média avançada de velocidade com que os
condutores passam nesses trechos. “Como são retas longas e a rodovia está em
bom estado de conservação, os motoristas excedem na velocidade e é aí que mora
o perigo”, relatou a Polícia Rodoviária Federal.
Cerca de 10 mil veículos passam
diariamente por essa parte da BR-364, por se tratar do portal principal de
acesso ou saída para Rondônia e Acre.
Sensores magnéticos
O redutor eletrônico de
velocidade conta com pelo menos três sensores magnéticos que podem ser vistos
através das marcações no chão, próximo às câmeras. São esses sensores
magnéticos que enviam os pulsos até os computadores de medição, em que serão
realizados os cálculos que indicam em quais velocidades os motoristas passam
pela via.
Os três sensores funcionam em
conjunto, criando um campo eletromagnético. Como os veículos são compostos por
elementos ferromagnéticos, os sensores são afetados por eles. Dessa maneira,
assim que o carro ou a motocicleta passar pelo primeiro o sensor, o campo
magnético é anulado e reativado quando o segundo sensor for acionado.
Rapidamente são realizados cálculos entre a distância e o tempo, para que seja
definida a velocidade com que o veículo cruzou os sensores. É aquele mesmo
cálculo das aulas de física (a distância dividida pelo tempo percorrido é igual
à velocidade) que define quantos quilômetros por hora o motorista estava.
INFRAÇÃO
Segundo consta no Art. 218, do
Código de Trânsito Brasileiro, exceder a velocidade máxima permitida para o
local, medida por instrumento ou equipamento hábil, pode acarretar em menos 4
pontos na carteira do motorista e multa de R$85,13 quando a velocidade for superior à máxima em
até 20% (vinte por cento); quando a velocidade for superior à máxima em mais de
20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por cento), a infração é considerada grave,
acarretando em menos 5 pontos e multa de R$127,69. Caso a velocidade for
superior à máxima em mais de 50% (cinquenta por cento) a infração é considerada
gravíssima (-7 pontos), com multa de R$ 574,62, suspensão imediata do direito
de dirigir e apreensão do documento de habilitação, por um período que pode
variar entre dois e sete meses.