Pecuaristas dão início à corrida pela imunização contra Febre Aftosa

Cabixi

(Por Fabiana Cortez)

O dia começou bem cedo no ultimo dia 21 de outubro na Fazenda Santos Dumont, propriedade rural de Elisabete Maria Cadore, região de Cabixi. Coordenada pelo médico veterinário Danilo Alberto, a equipe de funcionários do local, que fica na Linha-10, km-12, sentido Colorado d’Oeste, já estava reunida antes das 6h para iniciar as atividades de imunização de cerca de 600 cabeças de gado nelore. Tanto esforço para manter os animais livres da febre aftosa.

De acordo com Elisabete, a vacinação foi aplicada em todos os bovinos da propriedade, sendo eles de corte com idades que vão de zero a mais de 36 meses. Para isso mais de 630 doses da vacina foram adquiridas visando às atividades. “Há mais de 20 anos temos trabalhado com o gado e os cuidados para a permanência do controle da sanidade animal sempre foram levados com seriedade, sobretudo pelo reconhecimento de sua importância também à garantia de carnes saudáveis para o consumo. O mercado de carnes é exigente e o produtor precisa se prevenir para não ter perdas em sua produção”.

Na mesma oportunidade da imunização, o médico veterinário Danilo Alberto realizou outros tipos de medidas preventivas no gado. Simultaneamente às ações, a equipe se dedicou à vacinação contra clostridioses, que em conjunto com a raiva e intoxicações por plantas tóxicas formam o grupo de doenças que mais matam bovinos no Brasil, como a imunização contra o botulismo, causada por uma toxina e que ataca o sistema nervoso dos animais. Houve também o controle estratégico de verminoses.

A Campanha contra a Febre Aftosa foi lançada pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) no ultimo dia 13 e iniciada em 15 de outubro para contribuir no controle da sanidade animal. Segundo a Agência Idaron, desde 2003 Rondônia é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa.

Na visão de Danilo, tais campanhas organizadas pelo Órgão são bem elaboradas e executadas, no entanto é imprescindível a necessidade de um maior envolvimento dos técnicos da Agência Idaron, pautados numa aliança mais fortificada junto aos pecuaristas. “Essa é a maior queixa dos produtores, pois anseiam uma participação mais efetiva da Agência junto aos produtores, com a oferta de maior assistência técnica focada ao aprimoramento das ações. Hoje contamos com um exemplo da Agência Idaron na questão controle de sanidade animal, mas com o fortalecimento dos elos poderá ser ainda mais eficaz, elevando cada vez mais o Estado em se tratando de sanidade”, declarou.

A 33ª Campanha está prevista para seguir até o dia 15 de novembro, até lá os produtores terão que vacinar todo o rebanho e declarar a vacinação nos escritórios da Idaron, num prazo que segue até o próximo dia 22 de novembro.

Baseado em dados da Idaron, Rondônia é atualmente o sétimo maior rebanho do Brasil, com mais de 20 frigoríficos, sendo 17 com Serviço de Inspeção Federal (SIF) e outros cinco com Serviço Inspeção Estadual (SIE), o que significa o abate de mais de dois milhões de animais por ano. Estima-se que em Cabixi há um efetivo de rebanho bovino de aproximadamente 127 mil cabeças.

A febre Aftosa é uma doença extremamente contagiosa, causada por um vírus e que é caracterizada por febre alta e ferida na boca e nos cascos do animal. Por ser fator que limita a exportação de carne aos outros países onde também já foi erradicada. O Brasil considera a vacinação indispensável.

A não imunização do rebanho sujeita o proprietário do rebanho à multas por animal desprotegido e até a possibilidade de perca da Guia de Trânsito Animal (GTA).