(Por Fabiana Cortez)
Mais uma morte foi registrada com
suspeita de contaminação da gripe suína, H1n1. Dessa vez a vítima é um menino indígena,
com idade não divulgada.
A morte da criança indígena
aconteceu em Porto Velho. De acordo com funcionários da secretaria municipal de
Vilhena, a princípio o menino deu entrada ao Hospital Regional de Vilhena no
ultimo dia 09, como a situação era grave, ele teria sido transferido para a
Capital, Porto Velho, onde não resistiu e morreu na manhã da ultima quinta-feira
(12). A criança pertence a uma comunidade indígena de Comodoro (MT), localizado
a 120 km de Vilhena.
Desde abril, o coordenador do
núcleo de atenção básica de saúde, Paulo Cremasco, informou que diversos índios
da comunidade de Comodoro deram entrada no Hospital Regional de Vilhena
apresentando sintomas da gripe suína. Ele informou ainda, que todos os casos
receberam uma atenção especial, que inclui a aplicação de um medicamento para
controlar os efeitos do vírus, além da solicitação dos exames clínicos que são
encaminhados para o Laboratório Central de Porto Velho (Lacen). Os resultados
ficam prontos num prazo de 20 dias e em situações em que apresentam positivos
para o H1n1, realizam-se um novo exame, denominado contra-prova.
Segundo declarado recentemente em
uma coletiva de imprensa realizado em Vilhena, em 2014 já foram realizados em Rondônia,
pelo menos, 65 notificações de suspeitas de H1N1, sendo que 34 originários de
Vilhena. Do total, foram feitas nove confirmações do vírus, quatro pertencentes
à cidade.
TRÊS MORTES CONFIRMADAS E UMA
SUSPEITA
Em abril, duas pessoas morreram
no Cone Sul acometidas pela gripe suína. O primeiro registro foi de uma criança
indígena de aproximadamente um ano de idade, pertencente a Comodoro (MT). A
segunda morte foi de uma Vilhenense de 35 anos.
O caso mais recente foi
registrado no ultimo dia 07 de junho. A família de Comodoro, pai, mãe e a filha
de cinco anos, deu entrada no Hospital Regional com suspeitas de H1N1 e passado
alguns dias, o homem, de 46 anos de idade, não resistiu. A mulher recebeu alta,
mas a criança permanece internada sob cuidados médicos. O corpo médico do
Hospital informou que seu estado de saúde já apresentou melhoras.
Caso seja confirmado a gripe
suína na criança indígena, a estatística de mortes em Vilhena subirá para
quatro.
POPULAÇÃO ENTRA EM DESESPERO EM
BUSCA DA VACINA
Todos os registros levaram a
população e lotarem os Postos de Saúde do município em busca da vacina contra a
gripe H1N1. Em muitas unidades, os lotes acabaram, resultando em desespero nas
filas pela imunização.
Nesta semana, longas filas
puderam ser observadas do lado de fora dos postos de vacinação. A Polícia
Militar também precisou ser acionada em diversos pontos da cidade para conter
os ânimos das pessoas, que se revoltavam ao exigir a vacina sem pertencer ao
grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde.
A vacina é permitida por Lei,
para gestantes, idosos acima de 60 anos, crianças com mais de seis meses a
menor de cinco anos, presidiários, servidores da saúde, portadores de doenças
crônicas e mulheres com bebês nascidos nos últimos 45 dias.
De acordo com setor de
Imunização, a meta total em Vilhena era vacinar 17.105 pessoas, no entanto o
número já foi superado.
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