(Por Fabiana Cortez)
A morte de um homem de 46 anos de
idade no ultimo sábado (07) com suspeitas do vírus H1N1, em Vilhena, resultou
em um aumento expressivo pela busca da vacina nas Unidades Básicas de Saúde do município.
Desde o início da semana, pessoas
de todas as idades e fora do grupo prioritário definido pelo Ministério da
Saúde lotam os postos de saúde, o que gerou filas para a imunização contra o
vírus.
A Campanha Nacional contra a
Gripe H1N1 iniciou em 22 de abril, e estava previsto para encerrar em 09 de
maio, no entanto, como a procura pela vacina foi abaixo da expectativa de
cobertura, o Ministério da Saúde decidiu prorrogar. O público-alvo da campanha,
considerada de risco para complicações por gripe, é integrado por crianças de
seis meses a menores de cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores
de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), presidiários
e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças
crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais também
devem se vacinar.
De acordo com setor de
Imunização, a meta total em Vilhena era vacinar 17.105 pessoas, sendo 2.226 crianças
de 6 meses a menores de dois anos; 3.937 crianças de dois anos a quatro anos;
5.474 idosos; 1.113 gestantes; 183 puérpuras (até 45 dias após o parto); 88 indígenas;
2.281 comorbidades (mais de uma doença acometida no mesmo paciente), além de
1.370 trabalhadores da saúde.
A escolha dos grupos prioritários
segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta definição também
é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das
infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São
priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
OAB IMUNIZA ADVOGADOS E FAMILIARES
Também preocupada em garantir a
saúde dos associados, a Ordem dos Advogados do Brasil, através da Caixa de
Assistência do Advogado, realizou recentemente em Vilhena uma ação para
imunizar os advogados e seus familiares.
Foi a maior cobertura da OAB em Rondônia, que de acordo com o
vice-presidente da Caixa, Demétrio Justo, utilizou três lotes da vacina, algo
em torno de 300 doses, sendo acima da expectativa. O município foi o terceiro a
receber a ação itinerante da Caixa de Assistência do Advogado, que já passou
por Guajará-Mirim e Ji-Paraná.
Segurança – A vacina
contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves
da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a
vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por
pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Medidas de prevenção – A transmissão dos vírus influenza acontece
por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela
pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das
mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos,
nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de
cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as
mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar
tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.
Em caso de síndrome gripal,
deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a
gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus, por
isso, as medidas de prevenção são muito importantes, particularmente durante o
período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.
Reações adversas – Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de
forma rara, dor no local da injeção, eritema e induração. São manifestações
consideradas benignas, cujos efeitos passam, na maioria das vezes, em 48 horas.
A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática
prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada
a ovo de galinha e seus derivados.
Produção nacional – As doses da vacina contra a gripe foram
adquiridas por meio da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre o
Instituto Butantan e o laboratório privado Sanofi. O acordo, intermediado pelo
Ministério da Saúde, permitiu que Instituto Butantan dominasse todas as etapas
de produção da vacina.
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