O inverno amazônico tem causado fortes prejuízos ao escoamento de produções agrícolas na zona rural de Rolim de Moura. No travessão das Linhas Vicinais 196 a 200 (Sul) uma cratera se formou no meio da estrada impedindo a passagem, na 192 para a 196 (Sul) atoleiros também fecharam o acesso.
Segundo o agricultor José Aparecido Bernardino, que mora na Linha 196, desde que o travessão localizado no quilômetro 16 foi cortado pelo buraco, os moradores da Linha 200 não conseguem mais escoar a produção por ali, sendo obrigados a dar uma volta de mais de 10 quilômetros. Alunos que estudam na cidade, também foram prejudicados, uma vez que o ônibus não pode mais passar pelo local para buscá-los. José Aparecido disse ainda que os problemas não param por ai, trechos sem cascalhamentos também são fatores preocupantes aos moradores do entorno. “Hoje há muitas famílias sofrendo com a má conservação de alguns trechos das Linhas, principalmente os Travessões, por isso estamos em busca de ajuda para resolver o problema. A gente sabe que a secretaria Municipal de Obras tem pouco maquinário, mas do jeito que está não dá para continuar”, contou.
Em vários trechos da Linha 196, a partir do quilômetro 10, foram observados diversos bancos de areia formados na estrada, que aliados à chuva tornam-se um perigo aos condutores. Há também outros pontos com buracos se abrindo no meio do caminho, formando mais obstáculos para quem segue pela região. “Está cada vez mais perigoso andar de carro por aqui, tem lugar que só passa de moto e se não for arrumado logo vai isolar alguns moradores”, declarou o lavrador João Moreira, que também mora na região.
As duas Linhas dão acesso a pelo menos 20 propriedades, tendo em sua maioria o leite como fonte de renda. Com as vias prejudicadas, muitos agricultores estão improvisando para escoar o leite. Alguns utilizam motocicletas, outros levam os galões cheios em carriolas. “Não tem jeito, a não ser dar uma volta imensa ou passar de moto, que também não deixa de ser arriscado. Os agricultores não podem parar de trabalhar por causa das estradas ruins”, declarou Maurílio Segrine, que acompanhado de José Aparecido, esteve na Câmara de Vereadores nesta semana em busca de apoio.
Segundo o presidente da Câmara, vereador Jairo Benetti, a situação foi repassada ao Executivo Municipal, que comunicou a Secretaria Municipal de Obras para tomar providências.
O secretário Municipal de Obras, Jenival Ferreira “Cafezinho”, não foi encontrado para informar quando a Pasta iniciará a restauração das áreas afetadas.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura
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