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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sítios Arqueológicos geram curiosidades em estrangeiro

O grande número de sítios arqueológicos encontrados na Zona da Mata Rondoniense tem despertado uma curiosidade internacional acerca da história cultural do país. Nesta semana um pesquisador italiano chegou a Rolim de Moura empenhado em conhecer in loco como viviam os povos que habitaram o local antes da chegada dos colonizadores, na expedição de ontem (06) um número expressivo de cerâmicas indígenas, terra preta e um geoglifo foi o alvo das visitas realizadas na comarca de Nova Brasilândia d’Oeste.
Área rochosa, com muitas colinas e rodeada de igarapés, compõe a descrição do local recentemente georreferenciado pelo pesquisador Joaquim Cunha, de Rolim de Moura, que tem sido o guia do italiano Yuri em seus estudos em terras de Rondônia. Na área, localizada no travessão de acesso entre as Linhas 114 e 121, em Nova Brasilândia d’Oeste, o pesquisador estrangeiro apreciou um geoflifo circular (geo=terra e glifo=marca; marca na terra), demarcado por uma cavidade de aproximadamente um metro de profundidade, que leva a acreditar ter sido uma área povoada por índios há mais de 500 anos.
As valetas que despertaram a curiosidade do proprietário da área, Patrocínio Luiz Cunha, foram descobertas após uma derrubada realizada no local para o plantio de café e milho. “Era claro que aquilo não se tratava de algo feito pela natureza, porque era contínuo e tinha uma largura sempre semelhante, comprovando através dos pontos demarcados com um GPS que se tratava de um círculo”, contou Patrocínio.
Segundo Joaquim, o geoglifo (marca na terra) localizado na propriedade de Patrocínio mede quatro metros de largura e um metro de profundidade, contendo uma circunferência de 200 metros, apresentando grandes provas de que ali viveram povos indígenas por um tempo, estando claro pela expressiva quantia de cerâmicas descobertas no solo, instrumentos líticos e uma vasta área contendo terra preta – rica em nutrientes e foco de pesquisas internacionais.
Para Yuri, todo o registro encontrado na região deve ser tratado com mais atenção, haja vista o valor histórico presente nos vestígios encontrados. “É mais que ruínas, é a história viva de que houve civilizações antes do que se imaginava, indo além do que foi documentado na história”, ressaltou
Castanheira facilita o reconhecimento do período Ainda não foi possível diagnosticar que tipo de etnia habitou o local, contudo uma castanheira derrubada que foi germinada dentro da abertura foi o que levou os pesquisadores a acreditar que o grupo existiu há 5oo anos, já que a árvore era de grande circunferência. Segundo Joaquim, os materiais líticos, as urnas de cerâmicas e o três hectares de terra preta demonstram a existência de civilizações antigas, típico do equilíbrio ambiental proporcionado por eles, como áreas específicas para moradia, lavoura, cemitério e as huacas (áreas sagradas) característicos daquela região, localizada a 40 km de Nova Brasilândia.
A expedição do italiano Yuri faz parte dos estudos do pesquisador em buscas de informações relacionadas às vidas das antigas civilizações, visando um reconhecimento legítimo da história da América do Sul. Países como a Bolívia, Lima, Peru, Paraguai e Colômbia também fazem parte da pesquisa.
Nos próximos dias, a meta é explorar alguns sítios arqueológicos encontrados em Alta Floresta e em Rolim de Moura, além de uma excursão ao Forte Príncipe da Beira.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura













1 comentários:

Sk Publicidades disse...

Já estive nesse lugar, é complicado chegar lá mais quando se está é uma sensação maravilhosa. Belo trabalho.

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