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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Lançada a Campanha contra o uso de Crack

Por Fabiana Cortez
Derivado da cocaína e com alto grau de dependência, o crack destrói todos os dias milhares de vidas, tanto de dependentes como de inocentes. Preocupado com o quadro, o Ministério Público, juntamente com o Poder Judiciário, Polícia Civil e Polícia militar encabeçou em Rolim de Moura a Campanha “Crack nem Pensar”, lançada no auditório de Júri do Fórum. A campanha inédita visa prevenir o consumo de drogas ilícitas e líticas, principalmente entre os jovens.
De acordo com a promotora de justiça da Vara da Infância e Juventude, Carine Stellato, a Campanha foi espelhada em ações executadas no Rio Grande do Sul e que determinou um novo direcionamento na prevenção ao consumo. “Diante da preocupante realidade, com pessoas cada vez mais jovens entrando no mundo das drogas pesadas como o crack, e até as que parecem inofensivas como o álcool, mas que pode se tornar portas para a iniciação nas drogas, é imprescindível que as instituições envolvidas com a educação, além de pais, gestores e governantes se unam à Campanha para delinear um novo rumo ao município, com uma sociedade pacífica e feliz”.
A meta é chamar a atenção aos riscos e as consequências da droga, propondo debates de forma transparente, clara e direta entre a sociedade, o que segundo o delegado regional da Polícia Civil, Renato Cesar Morari, pode significar uma redução significativa na criminalidade. “Por mais bonito que pareça as Operações de Repressão ao Crime, desencadeadas pela Polícia Militar e Civil, juntamente com outros órgãos de segurança, a única forma de aniquilar a propagação das drogas é por meio da prevenção, porque se há traficantes é porque há consumo e somente repreendendo o surgimento de novos consumidores que conseguiremos destruir esse mau”, destacou.
Presente no lançamento, o juiz da Vara Criminal de Rolim de Moura, Audarzean Santana, também enalteceu a importância da Campanha como meio mais indicado ao combate ao uso das drogas. “Hoje mais de 95% dos crimes julgados no município tem a droga como princípio dos delitos, restando ao Judiciário combater o que já foi atingido e não há outro caminho para acabar com o problema a não ser o impedimento da primeira experiência com o entorpecente, porque a droga, sobretudo o crack, tem o poder de fazer com que o usuário abandone o amor próprio e não existe essa que experimentando uma vez não ficará viciado, ele é um caminho sem volta”, concluiu.
Plano de Ação
Para a realização da Campanha, os organizadores elaboraram um Plano de Ação, contendo datas para a realização de pit stops, passeios ciclísticos, atividades culturais, palestras, entre outras ações fundamentais para a sensibilização da comunidade. A Campanha prosseguirá até o mês de novembro, encerrando com o 2º Seminário de Segurança Pública de Rolim de Moura.
Toda a comunidade poderá participar e contribuir até mesmo por meio de denúncias anônimas para a repressão das drogas, onde poderá denunciar por meio do 190 (Polícia Militar), 197 (Polícia Civil), ou por meio do Disque 100, serviço de proteção a crianças e adolescentes.

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