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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Surto de meningite deixa Espigão em alerta

Por Fabiana Cortez
A enfermeira Carla Cristiana disse que a secretaria está investigando o caso.
A confirmação de oito casos de meningite viral, diagnosticados através de exames laboratoriais, deixou a população de Espigão d’Oeste e as autoridades públicas do Município em alerta. Em uma semana, 17 crianças com suspeitas da doença levaram três escolas da cidade e suspenderem as aulas até que se descubra a causa da contaminação. Uma criança, de 04 anos chegou a ser conduzida em coma para a Capital em busca de atendimento médico.
Preocupada com o surto, a secretaria Municipal de Saúde mobilizou todos os servidores do setor epidemiológico para levantar as possíveis causas de contaminação da doença. Segundo a enfermeira Edina Amorim Schutz, a situação já foi repassada às demais autoridades competentes e como ainda não se sabe os vetores causadores da meningite, a Pasta iniciou uma investigação nos arredores das Escolas em que tiveram crianças infectadas. “Como são mais de 50 vírus distintos que podem causar a meningite, o setor epidemiológico da prefeitura destinou uma equipe para descobrir o vetor dessa propagação, mas até o momento o que se sabe é que se trata de uma meningite viral e não bacteriana”, informou.
Entre as Escolas que tiveram crianças com suspeitas e confirmação da doença está a Escola particular Monteiro Lobato, localizado no bairro São José, onde cinco crianças apresentaram sintomas da meningite. Como prevenção, a Instituição suspendeu as aulas até que seja diagnosticado como houve o princípio de contaminação. De acordo com a enfermeira Carla Cristiana, responsável pelo setor epidemiológico da secretaria Municipal de Saúde, próximo a Instituição particular existe uma reserva ecológica que já está sendo investigada para saber se pode haver qualquer ligação com a propagação do vírus. “Além da nebulização na área, alguns fiscais da vigilância também têm realizado frequentes visitas ao local em busca de esclarecimentos sobre a forma de contágio”.
Por conta do problema, diversos pais deixaram de mandar as crianças para as escolas, reforçando os cuidados com a higiene. O autônomo Jorge Alberto é um deles, que desde que soube do surto não permitiu que seu filho frequentasse a Escola como forma de prevenção. “Depois que eu soube das crianças com meningite na Monteiro Lobato, onde meu filho também estuda, decidi por sua permanência em casa para evitar os riscos, principalmente porque ninguém sabe qual foi a origem da contaminação”, declarou.
A dona de casa Erica Conceição também teme o surto. Com filhos pequenos, ela informou que tem evitado sair às ruas com medo de contaminação de seus pequenos.
Entre os sintomas mais comuns da meningite, Carla Cristiana informou a febre, dores de cabeça, vômitos e a intolerância à luz (fotofobia).  A infecção pode provocar septicemia, uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica da queda da pressão arterial, ritmo cardíaco acelerado e respiração rápida.
Das oito crianças infectadas, uma delas, de 04 anos de idade, teve que ser encaminhada para Porto Velho por apresentar um estágio crítico de contaminação, após entrar em coma. Os demais casos estão sendo acompanhados por médicos da rede pública e particular de saúde.
Outras duas escolas estaduais, a Jerris Adriani Turatti e Fernanda Souza de Paula, também tiveram as aulas das turmas do pré-escolar suspensas até o final das investigações.

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