O Argumentos da defesa convenceram os jurados
Os dois acusados, Gledistone Muniz da Silva (Mucambo) e Rogério Barbosa do Nascimento (Gera), julgados nos dias 17 e 18 de maio em mais uma sessão do Juri do Caso Urso Branco, foram absolvidos pelos Jurados, que não reconheceram a autoria dos réus nas 27 mortes, ocorridas no dia 1º de janeiro de 2002, no Presídio.
Por uma votação apertada, nos dois casos, quatro dos jurados acataram o argumento da defesa, de que não havia provas suficientes para condenar os réus. Três dos jurados votaram pela condenação. Com a maioria dos votos pela absolvição, o quarto quesito, relacionado à qualificadora do crime, emprego de meio cruel, ficou prejudicado.
A Sentença, que geralmente demora a sair, justamente por causa dos cálculos das penas, sempre multiplicadas pelo número de vítimas e também acrecidas dos agravantes, pela primeira vez, ocorreu de forma mais rápida. Na sentença, o juiz apenas declarou "improcedente a pretensão punitiva estatal descrita na denúncia" e determinou a expedição de alvará de soltura pelo processo. Os dois ainda têm pena a cumprir de outras condenações.
Para o defensor público Roberto Harlei, o fato de terem sido ouvidas duas testemunhas durante essa quarta sessão de julgamento, foi fundamental para que houvesse a absolvição de Gera e Mucambo. "Elas deram mais subsídios para que fosse comprovada a inocência dos réus na acusação de participação nas mortes, durante a rebelião".
Após a sentença, o Juiz Aldemir de Oliveira agradeceu as partes pelo bom nível do debate, aos jurados pela disposição na tarefa de julgar e ao público que acompanhou o julgamento. A exemplo das outras sessões, também com condenações, declarou: "Tenho certeza de que a decisão tomada pelos senhores hoje é o melhor para a sociedade".
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