Em algumas escolas do município, as procuras foram intensas. Segundo o Chefe de Seção Pedagógica, Paulo Afonso, acontece que muitos pais, responsáveis e alunos ainda acreditam que as escolas localizadas na região central do município têm ensino diferenciado do que as escolas da periferia, explicando que isso não passa de um mito. “Hoje é possível avaliar pelo índice do IDEB que esse tipo de pensamento é ultrapassado e muitas escolas de bairros afastados tem alcançado até mesmo uma média acima do que algumas da região central”, elucidou.
Desde que as matrículas e rematrículas começaram a correria nas escolas tem sido grande e ainda de acordo com Paulo Afonso, a equipe da Representação de Ensino está se dedicando incondicionalmente para conseguir matricular toda a demanda. “Atualmente a Rede Estadual de Ensino de Rolim de Moura tem capacidade de atender até 12 mil alunos e para que todos possam ter acesso à educação estamos avaliando a procura por vaga de cada escola, visando a efetivação de todos os interessados”, concluiu o chefe de Seção Pedagógica.
A alternativa para quem ainda não conseguiu a vaga está sendo aguardar na fila de espera. O advogado, Paulo Camargo, recém chegado em Rolim de Moura, pai de duas meninas em idade escolar, foi um dos que já deixou o nome na fila de espera, porém, mesmo assim, decidiu ir até outra escola para tentar as duas vagas. “Não é fácil, mas estou tentando de tudo para que elas possam conseguir uma vaga o mais rápido possível”, conta ele, já a caminho de outra instituição.
O numero de vagas nas escolas tem levado muitos pais a uma grande preocupação. Julia, que tenta transferência da filha por questão do nível de escolaridade é uma das mães que enfrentou dificuldade para a matrícula. “Foram várias tentativas e dias consecutivos vindo na Escola; por sorte acabei de conseguir a vaga. Estou aliviada”, revela.
Segundo a Representação de Ensino, as dificuldades nas matrículas são maiores no ensino fundamental, haja vista que o município não tem conseguido atender os 90% da classe estudantil do 1º ao 5º ano, conforme previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº 9394, restando ao Estado o compromisso com a educação dessa porcentagem.
Para que ninguém fique prejudicado, ainda nesta semana a Representação de Ensino deverá fazer um balanço das vagas. As aulas estão marcadas para iniciar no próximo dia dois de fevereiro, quando as 12 escolas pertencentes a Rolim de Moura, além do Centro Educacional, estarão preparados para receber os alunos.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura
2 comentários:
Parabéns pela matéria.....
É necessário que o município invista no Ensino Fundamental....mas lamentavelmente vemos a fal ta de vagas na educação infantil ofertada pelo município.
Infelizmente é esse o quadro da nossa educação. Gostaria que quando começassem as aulas as equipes de reportagem fossem às escolas verificar em loco a super lotação das salas. Não é fácil pra gente nem para os alunos uma sala de aula de Ensino Fundamental com mais de 40 alunos.
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