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sábado, 17 de setembro de 2011

Audiência Pública discute situação da Unir

Dias após o Campus de Rolim de Moura da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) ter deflagrado greve, o Plenário da Câmara Municipal de Vereadores sediou na manhã sexta-feira uma grande audiência publica com a presença de representantes da bancada federal para defender os direitos e anseios de professores e acadêmicos.
A audiência foi marcada há mais de 15 dias pelo presidente da Câmara, Jairo Benetti, que sensibilizado com a situação da UNIR decidiu unir forças e convidar autoridades das três esferas políticas para discutir a pauta de reivindicação da comissão grevista. Dois Deputados Federais, Carlos Magno e Nilton Capixaba, e um senador, Ivo Cassol, estiveram presentes na audiência acompanhando as reivindicações que tratam da estrutura física, administrativa e docente.
Jairo Benetti disse que aguardava uma participação maciça das autoridades políticas, principalmente a do Estado, que pouco compareceu para auxiliar na batalha em busca de melhores condições para toda a UNIR, uma vez que se trata de uma instituição de valor singular na formação dos futuros profissionais do Estado. “Como querem formar profissionais para atender o mercado se não é oferecido condições para tal. O Estado de Rondônia depende desses profissionais e nós dependemos das condições da UNIR para a qualificação dos mesmos”, disse Benetti.
De acordo com o Senador Ivo Cassol, que viu o Campus da UNIR ser implantado no município, o que falta é pulso firme para gestão. “A UNIR precisa mesmo de uma equipe que saiba fazer, porque quem sabe oferece condições até com pouco dinheiro, mas veja só, teríamos tudo para um Campus bonito e bem estruturado, contudo a falta de gestão até o que tínhamos conquistado acabou se perdendo, como a extensão do quilometro 15 que está abandonado, os equipamentos estragados e o local tomado pelo descaso, prova que nem com dinheiro conseguiram gerir”, disse Cassol, referindo-se aos mais de R$210 milhões orçados para 2011 e 2012 à ser investido na estruturação dos Campi da UNIR.
O que tem deixado a classe acadêmica e docente ainda mais revoltada é que em meio o caos que a Universidade tem atravessado cogita-se que a reitoria tem discutido a implantação de novos cursos em alguns municípios rondonienses, cursos estes já existentes da grade, o que para a acadêmica de pedagogia Suelem Freitas dos Santos é vista como uma grande falta de respeito. “Como querem lançar mais cursos pelo Estado afora se eles nem ao menos conseguiram oferecer uma estrutura digna à nossa formação acadêmica. Hoje o nosso Campus tem cinco cursos, sendo 18 turmas e apenas seis salas de aulas; o Governo Federal tem agido como se a educação estivesse mil maravilhas e não está, basta, antes de pensarem em tornar o país sede de grandes eventos esportivos deveria abrir os olhos para a educação, que é a base para a formação”, desabafou.
De acordo com os parlamentares presentes, a bancada deve se reunir nos próximos dias para discutir e elaborar um plano visando intermediar a classe afetada junto ao Governo Federal no atendimento das reivindicações.
GREVE
Em carta aberta, o comando de greve listou os problemas enfrentados por acadêmicos, professores e demais profissionais que atuam no campus, informando que a greve seguirá por tempo indeterminado até que as reivindicações sejam atendidas.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura
16 de setembro de 2011

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