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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Após quase dois anos sem, cães e gatos receberão vacina antirrábica

Um problema com os lotes da vacina foi o que provocou a suspensão da Campanha em 2010

Os donos de cães e gatos terão um motivo a menos para se preocupar em 2011. Após quase dois anos sem a Campanha Nacional de Vacinação Antirrábica em Rolim de Moura a notícia é que ela deve acontecer ainda em dezembro, conforme declarou uma funcionária do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) na manhã de quarta-feira (16).
A Campanha havia sido suspensa pela secretaria Municipal de Saúde (Semusa), após uma determinação do Ministério da Saúde. A medida foi tomada devida resultados preliminares de testes, que indicaram a ocorrência de efeitos graves em animais que receberam a dosagem em diversos Estados brasileiros, até mesmo mortes.  Entre as reações identificadas, estavam a intensa dificuldade de locomoção, hipersensibilidade de contato e intensa prostração, levando as autoridades competentes à tomarem tal medida preventiva.
Antes de ser suspensa, em outubro de 2010, cerca de 90% dos cães e gatos da Zona Rural chegaram a receber a dosagem, entretanto sem a presença de sintomas suspeitos; mesmo assim, a vacinação não aconteceu na zona urbana.
Durante a ultima campanha de cobertura total, ocorrida em outubro de 2009, 3.084 cães e 486 gatos foram vacinados na região rural do município. Na Zona Urbana, outros 5.756 cães e 1.044 gatos receberam a imunização, resultando num total de 11.700 animais livres da raiva.
Neste ano, ainda não houve um previsão de quantos animais serão imunizados, nem a quantia de lote disponibilizado para a ação, contudo a única informação prestada pela secretária do Centro de Controle de Zoonoses, Neide Claudino da Silva, é que a Campanha poderá ocorrer no dia 03 ou 10 de dezembro próximo. “Ainda estamos nos organizando, haja vista que a liberação da Campanha foi informada ao município na ultima semana; iniciado a partir de hoje uma estratégia de ação a ser elaborada juntamente com a Semusa”, relatou.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a previsão para o Estado de Rondônia que mais de 533 mil cães e gatos sendo vacinados ainda neste ano, sendo disponibilizado mais de 586 mil doses.  
Registros de Raiva Animal
Segundo Neide, após a suspensão da Vacina em Rolim de Moura, não foi diagnosticado nenhum registro da zoonose em felinos e caninos no município, porém houve um foco de raiva bovina na Linha 192, lado Norte, que por precaução, levou o CCZ a realizar a vacinação em cães e gatos do lado norte da Linha 188 até o distrito de Nova Estrela, utilizando um lote disponibilizado pelo Ministério da Saúde para o bloqueio de focos.
A raiva
A raiva é um vírus RNA, pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, uma doença infecciosa aguda que acomete homens e animais, causada por um vírus que se multiplica e se propaga até o sistema nervoso central, levando a morte, após sua incubação.
A transmissão
A forma mais comum de transmissão é através de contato com saliva de animal raivoso, por meio de mordeduras ou lambeduras. As arranhaduras também têm potencial de contaminação, devido à salivação intensa dos animais doentes, que muitas vezes contaminam suas patas.
Há várias fontes de infecção do vírus rábico; nas áreas urbanas, por meio do cão (quase 85% dos casos), e/ou do gato infectado, e nas regiões rurais, além de cães e gatos, morcegos, macacos e mamíferos domésticos como: bovinos, equinos, suínos, caprinos e ovinos, sendo os animais silvestres os reservatórios naturais para animais domésticos.
O diagnóstico
De acordo com o médico veterinário, Rafael Godoi, muitas vezes alguns dos sintomas da raiva são confundidas com outras doenças, sendo de fundamental importância ao suspeitar da raiva, o dono isole seu pet e procure imediatamente um profissional para a análise. O médico veterinário explicou ainda que o cão, depois de ser mordido por um animal raivoso, desenvolve a doença num período de 21 dias a dois meses, havendo duas formas de raiva canina: a furiosa e a paralítica: a forma furiosa caracteriza-se por inquietação, tendência ao ataque, anorexia pela dificuldade de deglutição e latido bitonal, posteriormente paralisia, coma e morte; na forma paralítica, ao contrário da furiosa, não há inquietação ou tendência ao ataque, o cão tende a se isolar e se esconder em locais escuros. Apresenta paralisia de patas traseiras, que progride e o leva à morte. A duração da doença é de 3 a 7 dias.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura

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