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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Rolim de Moura ganha Educação no Sistema Prisional

Apenados do Presídio Regional de Rolim de Moura estão recebendo, a partir desta semana, novas oportunidades de ressocialização, com a inserção do ensino no sistema prisional. A aula inaugural ocorreu na tarde de ontem, 22-08, contendo 22 dos 25 apenados que retomam os estudos no próprio presídio, com o propósito de buscar novas oportunidades no mercado de trabalho, quando terminarem de cumprirem suas penas junto à justiça brasileira.
Na presença do representante regional de Ensino – Raimundo Rufino, do diretor do Centro Estadual de Ensino de Jovens e Adultos – CEEJA e dos professores que atuarão na unidade prisional, o diretor geral do Presídio – Vilmar Eduardo Moreira falou da importância desta nova chance oferecida pela Seduc – Secretaria Estadual de Educação e pela Sejus – Secretaria Estadual de Justiça de Rondônia. “A educação é o maior aliado para se conseguir êxito lá fora; é uma nova oportunidade que esta unidade prisional oferece para que possam mudar os destinos de cada um, pois reconhecemos que todos têm o direito de refazer o destino e nós acreditamos nisso”, disse Vilmar aos apenados, destacando ainda que nem todas as unidades prisionais do Brasil conseguem uma oportunidade de obter o apoio de entidades educacionais como as obtidas ali.
Para a definição dos detentos a concluir o ensino fundamental, o Ceeja, juntamente com o presídio, realizou uma triagem, aplicando uma prova de conhecimento para a confirmação grau educacional de cada um, que destinou na formação de uma turma com 25 alunos, com o propósito de concluírem essa etapa num período de dois anos.
De acordo com Raimundo Rufino, a inserção do ensino fundamental aos apenados de Rolim de Moura é apenas o início da parceria do Governo do Estado com o presídio regional com relação à educação no sistema prisional. “O próximo passo será a implantação do ensino médio de forma modular, que deverá ocorrer nos próximos dias, após uma triagem entre os apenados para a definição da série, uma vez que não há o registro educacional dos detentos na Unidade”, disse Rufino, que afirmou ainda que “não há outro caminho de alcançar os objetivos traçados senão por meio da educação”, concluiu.
O mestre de obras, Claudemiro Serviano Martins, 35 anos, há dois cumprindo pena na Unidade Prisional, retratou que esta vem sendo uma grande oportunidade que a direção do presídio vem oferecendo aos apenados, que por algum motivo não pôde concluir o ensino, errando no decorrer do caminho. “Fico muito satisfeito com a chance de retomar os estudos, abandonado aos 13 anos de idade, quando comecei a trabalhar; agora vou me dedicar para consertar os meus erros, concluir não só o ensino fundamental como também o médio e quando eu sair daqui, quem sabe realizarei meu sonho de se tornar um engenheiro civil”, declarou Claudemiro, com emoções nos olhos.
As aulas ocorrerão como no ensino regular, com oito matérias, aplicadas pelos professores do CEEJA, sendo cinco aulas por semana, quatro horas por dia e um intervalo de 10 minutos, após duas horas de aula. O material didático foi doado pela Seduc e o material de apoio oferecido pela Sejus. A formação educacional ocorrerá dentro do Sistema Prisional em uma sala improvisada no refeitório da Unidade.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura

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