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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Acadêmicos protestam por falta de condições no Campus

Com faixas, nariz de palhaços e cartazes, os acadêmicos do Campus da Unir, de Rolim de Moura, saíram em protesto pelas ruas da cidade na manhã de ontem reivindicando melhores condições aos alunos e professores dos cinco cursos de graduação oferecidos no município. Entre as reclamações, eles exigiam laboratórios, salas de aula e acessibilidade para todos.
A manifestação iniciou na terça-feira, quando outras universidades brasileiras também cruzaram os braços em prol de melhorias, mas na manhã de ontem cerca de 150 acadêmicos saíram as ruas entoando gritos de protesto. Enquanto percorriam as principais vias do centro de Rolim de Moura, alguns estudantes distribuíam panfletos às pessoas que acompanhavam a manifestação pacífica; nele, eles destacavam a quadro de professores insuficiente para atender os cursos oferecidos no Campus, a falta de um acervo bibliográfico adequado para a formação docente, mais salas de aulas, a conclusão das obras iniciadas e a reforma do Campus.
De acordo com a manifestante Arceneide Moura, acadêmica de pedagogia da Unir, não há mais a possibilidade de continuar a abrir novos cursos pelo o Estado sem que antes seja feito um sério trabalho de reestruturação dos cursos já existentes. “Falam-se em criar novos cursos em Rondônia, mas eles não estão tendo a mínima condição de oferecer qualidade nos já existentes. Chega de nos tratarem como objetos; estamos aqui em busca de uma formação profissional de qualidade e para isso a sociedade precisa saber o que acontecendo. Não temos laboratórios didáticos, não temos salas de aula, somos 18 turmas para nove salas de aula. Pra onde está indo o dinheiro que dizem estar investindo na educação? Precisamos saber!”, desabafou.
Edi Carlos de Souza, 27 anos, deficiente visual, também acadêmico da Unir, retrata as dificuldades enfrentadas como deficiente dentro do Campus. “Não há rampas, nem acesso diferenciado para quem tem algum tipo de deficiência. Vim de São Domingos do Guaporé em busca de uma formação profissional, pensava que aqui seria diferente e realmente é – pois não há respeito algum às nossas deficiências”, conta o jovem, que também reclamou da falta de assistência pedagógica com relação à materiais didáticos.
O protesto permaneceu na rotatória da cidade até as 10horas, partindo posteriormente em marcha à Câmara de Vereadores, onde em atitude desesperada invadiram o plenário exigindo o apoio dos parlamentares. Segundo o Presidente da Câmara, vereador Jairo Benetti, a casa já se moveu e enviou à todos os parlamentares da bancada federal uma cópia da ata com as reivindicações feitas pelos acadêmicos do Campus de Rolim de Moura.
Segundo os acadêmicos, eles já tentaram uma audiência com a Direção do Campus que não se manifestou às exigências. A pró-reitoria da Unir também já está a par de todos os problemas do Campus, mas até o momento não se pronunciaram.
O Campus de Rolim de Moura oferece atualmente os cursos de pedagogia, história, engenharia florestal, agronomia e medicina veterinária.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura
Veja mais fotos da manifestação:




2 comentários:

Anônimo disse...

Dos cursos acima citados, ha também o curso de história.
porque fomos esquecidos, será pelo senso critico mais arrojado que a nós e atribuido.

Fabiana Cortez disse...

Desculpe anônimo mas faço questão de incluir o curso. Quando se fala em áreas profissionais ninguem é melhor que ninguem, nem em senso crítico. Todos têm o seu valor! Obrigado.

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