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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ALTO ALEGRE - INCÊNDIO JÁ DESTRUIU MAIS DE 50 ALQUEIRES

As chamas registradas na Linha 34 em Alto Alegre dos Parecis não param de avançar e tem causado pânico nas propriedades rurais, onde mais 50 alqueires de pastagens e mata nativa já foram destruídas. Diversos focos de incêndio, com princípio duvidoso, já foram registrados de forma simultânea, muitos deles observados em beira de estrada, principalmente em matas nativas. O Corpo de bombeiros foi acionado para auxiliar no combate.
Os focos podem ser observados desde o km 05, próximo a um Assentamento de Sem Terras, estendendo-se ao km 10 da Linha 34. Alguns moradores afirmaram que há quase um mês vem sendo registrados focos de incêndio na região, tirando o sono de pecuaristas e agricultores com propriedades rurais naquela região. Segundo o agricultor Gilmar Francisco Martins, 54 anos, morador da Linha 34, km 10, sua família não consegue descansar há dias, pois teme que o fogo, que já alcançou a limitação da sua área, venha a se alastrar por sua propriedade. “Houve um dia em que ficamos até às 2h da madrugada impedindo o fogo de avançar pela minha área. Tenho um cafezal e muita terra nativa e se não ficarmos atentos vamos perder nosso único bem material, são momentos de pânico que parecem nunca acabar”, disse Gilmar, enquanto observava o avanço das queimadas ao lado de sua propriedade. “Não podemos tirar o olho dos arredores em nenhum instante senão perderemos tudo e o prejuízo será grande”, concluiu o agricultor, que mora com a mulher e uma filha de sete anos.
Na propriedade arrendada pelo pecuarista Roosevelt Franco, localizada no km 08, as chamas já se alastraram por cerca de 50 alqueires de pastagens, acuando o gado e alcançando a mata nativa. Preocupado com a situação, ele e o proprietário da fazenda – José Domingos Ferreira, conhecido como Taboca, estão desde quarta-feira, 28, empenhando-se com o apoio de familiares e peões para “cercar” o fogo, visando o impedimento do avanço.
Há quase cinco dias o grupo formado por cerca de cinco homens tem recebido o apoio do Corpo de Bombeiros de Rolim de Moura, que tem se empenhado para mapear a área visando o impedimento do incêndio. Com abafadores, bombas costais e enxadas os homens vem tentando conter o avanço. Como a área é de difícil acesso, a entrada do veículo de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros ficou impossibilitado, obrigando-os a abastecerem as bombas costais por meio de galões de água, retirada de um açude e do poço da sede da Fazenda.
De acordo com o Sargento Márcio, do Corpo de Bombeiros, o trabalho tem sido dificultado por diversos fatores naturais, como o vento, a baixa umidade do ar, mata fechada e penhascos, propiciando a queimada em algumas regiões, impedindo em certos momentos a ação de combate. O IBAMA, entre outros órgãos de Defesa Ambiental não foram encontrados para prestar esclarecimentos se há uma investigação acerca dos focos de incêndio registrados no município de Alto Alegre. Durante esta semana o Diário buscará novas informações a respeito do caso.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Alto Alegre

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