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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cultura do Guaraná é tema de Dia de Campo

Implantação da cultura, tratos, colheita e beneficiamento do guaraná foram os temas expostos em Rolim de Moura, na propriedade Flora do Guaraná, localizada no lado norte da Linha 172, quilômetro 14, durante o Dia de Campo promovido pela Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia – Emater.
De acordo com Isac Fogaça, gerente local da Emater, o objetivo era mostrar aos pequenos agricultores da região do Vale do Guaporé e Zona da Mata o quanto o fruto, típico da região amazônica, é rentável à agricultura familiar. “Hoje a região atende todos os requisitos para o cultivo do guaraná, contendo um clima propício e uma terra que favorece o plantio”, informou Fogaça.
Mesmo exigindo dedicação no cultivo, o agrônomo e palestrante, Dr. Emanuel Maia, explicou que não há segredos para produzir o guaraná, podendo qualquer agricultor adequar uma área de sua propriedade para o tipo de produção. “Por se tratar de uma cultura anual, é totalmente interessante ao agricultor a diversificação da produção. O guaraná não contem segredos no cultivo, exigindo apenas alguns cuidados específicos nos primeiros anos do seu desenvolvimento, quando a planta passa por um período de adequação climática, sendo necessário o impedimento direto do sol”,  explicou.
Para Aparecido da Silva, proprietário da Flora do Guaraná, o mesmo tem investido na cultura há 16 anos, estimulado pela idéia de obter uma nova fonte de rentabilidade e que para ele funcionou. A produção deu tão certa que hoje revela não abrir mão da cultura, que tem rendido anualmente uma média de quatro toneladas de guaraná, com uma safra que gira entorno de 40 dias. “O agricultor ganha, mas outras pessoas também, haja vista que durante a safra é imprescindível a mão de obra para a colheita e beneficiamento”, destacou Aparecido, que em 2011 tem gerado empregos para quase dez pessoas.
Segundo Fogaça, a região é tão benéfica que a produção ganhou destaque por sua qualidade, ultrapassando a porcentagem de cafeína estipulada pelo mercado brasileiro de bebidas, que geralmente exige, pelo menos 2,8% de cafeína, sendo que na produção de Aparecido uma pesquisa realizada com o fruto diagnosticou uma porcentagem acima de 4%, exportando para diversos estados brasileiros, entre eles Mato Grosso e Amazonas, sendo utilizado ainda para a formulação de produtos farmacêuticos.
Como o município conta com poucos produtores, a meta da Emater era fomentar a cultura, visando criar tradicionalismo, oferecendo a eles o apoio com assistência técnica e cursos aos produtores encaixados na agricultura familiar.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura

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